Eu e meu marido esquadrinhamos Minas Gerais em 30 dias com uma Sahara. Meu marido adorou andar de Sahara, ele diz que a bolha que envolve a moto, protege contra o vento, cansando menos.
Decidimos seguir pela Estrada Real (caminho do ouro). Ficamos em Passa Quatro, Tiradentes, São João Del Rey, Mariana, Ouro Preto e outros lugares que não faziam parte da Estrada Real como Carrancas, Belo Horizonte, Caxambú, São Thomé das Letras, Lima Duarte, Nova Lima.
Meu marido queria realizar um antigo sonho de sua avó, que saiu de Nova Lima-MG e foi para São Paulo ainda moça para trabalhar e nunca mais viu a sua família.
Quando chegamos em Nova Lima, só tínhamos o nome do Bairro onde a avó dele morava, fomos até o correio e perguntamos pelo sobrenome da família dela. O carteiro, disse que o sobrenome poderia ser de um dono de mercadinho de Nova Lima. Então fomos lá no mercadinho. Um senhor nos atendeu, e mostramos a ele a lista dos irmãos da avó de meu marido. Ele, desconfiado, a principio, não queria falar, mas depois confessou que aqueles eram seus parentes, tios e pai. Ele era sobrinho da avó de meu marido! Somente estava viva uma das irmãs da avó de meu marido, a qual mais tarde puderam se reencontrar. Os irmãos dela achavam que a avó de meu marido havia morrido no incêndio do Joelma, porque uma pessoa, assim disse a eles. É muito comum esse tipo de história de parentes que não se vêem a anos.
As estradas de Minas não estavam muito boas, algumas não tinham acostamento. Nessa viagem estávamos em uma onda negativa, creio que todos já devem ter passado por períodos assim, mas graças a Deus que tudo isso já passou! A moto caiu no chão por diversas vezes, uma vez deixamos ela no hotel e um rapaz montou na moto e ela caiu quebrando uma peça, outra vez um rapaz conversando com meu marido colocou o pé na moto e ela caiu quebrando meu capacete, outra vez a moto escorregou na areia fina que tinha na estrada, e outra vez, ao tentarmos chegar a uma cachoeira em Caxambú, onde o chão estava cheio de barro mole depois da chuva, perguntávamos se estávamos chegando perto da cachoeira e sempre nos diziam que estava pertinho, mas nunca chegava, então a moto caiu e meu marido queimou uma perna, acabamos nem conhecendo essa cachoeira. Coitado do meu marido, além da dor na perna, machucou o dedo quando a moto caiu, formando pús e estava com dor-de-dente, que inexplicavelmente sarou quando voltamos de viagem. Creio que tudo isso não poderia ser coincidência! Estavamos travando uma batalha espiritual muito grande, que não vou entrar em detalhes aqui, mas que teve um fim positivo.
Mas apesar de tudo o que passamos, e que não tem nada a ver com o lugar que é maravilhoso, lugares estes, desenhados pela natureza, admiráveis e que tenho vontade de voltar de novo para lá! Comer a comida mineira que desde um boteco, até os lugares mais sofisticados, não tem pra ninguém!
No próximo post vou falar sobre os lugares turísticos de Minas Gerais e postar fotos de lá.
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